domingo, 21 de setembro de 2008

I - JANTAR DAS VINDIMAS



CAROS MELROS SEXTA-FEIRA 26 DE SETEMBRO, ENCONTRAMOS-NOS NO CAFÉ ARCADA EM NESPEREIRA PELAS 20 HORAS PARA O JANTAR CONVIVIO DESTA COMFRARIA.....


.............. CONTAMOS CONTIGO .................


_________________________COMIDA DE MELRO___________________________


PRIMEIRO PIROLITO:


- MARTINI ;

PARA SENTAR:

- QUEIJO SERRA DA ESTRELA;
- CHOURIÇA;
- PRESUNTO;

AQUILO QUE É BOM:

- LEGUMES;

AQUILO QUE SABE BEM:

-BATATAS GRATINADAS COM

BOBER:

- VINHO BRANCO E TINTO;
- CERVEJA;
-AGUA;

PÁCONPANHAR:

- PAO;
- MANTEIGAS;
- AZEITONAS;

JÁ NÃO KERO MAIS:

- UVAS;
- DOCE DE UVA;

COMPOR A COISA:

-CAFÉ;
-WISKY;
-FRUTA SECA;


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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

OS MELROS ENSINAM - Nespereira a Nossa Terra

1.1) Caracterização da freguesia de Nespereira


Nespereira fica situada na vertente norte da serra da Estrela estabelecida no vale apertado entre duas colinas. Nespereira é uma das freguesias mais populosas e desenvolvidas do concelho de Gouveia e quiçá até mesmo do distrito da Guarda, com uma população de aproximadamente 1200 habitantes. Região granítica e montanhosa predominantemente agrícola e pastorícia Sem localidades anexas é, no entanto, constituída por quatro bairros: Sto António, Povo ou Central, e nas extremidades da freguesia o bairro do Salpicão e o Bairro da Carvalha, que se entende em suaves declives. A ligação entre estes bairros faz-se através de varias pontes que servem de travessia ao rio Milo ou Ribeira Ajax, nascido na Serra da Estrela e que atravessa a população de Nespereira e vai desaguar ao Mondego. Entre as várias pontes que atravessam a referida Ribeira existe uma histórica ponte romana (fig.3), que faz parte de uma das quatro calçadas romanas ainda existentes, que unem esta aldeia ao seu resto do concelho.

O povoamento desta freguesia registou-se ao longo do fio de agua que irrigava os férteis terrenos, foi ao longo da ribeira que aproveitando a força das pás os homens implementaram os moinhos e lagares de azeite e mesmo as suas casas construídas sobre lajes graníticas. Por isso se pode dizer que Nespereira nasceu num berço de granito.


1.2) Culturas predominantes


Nos Valeiros e abrigos cultivam-se hortas, as culturas temporárias são a batata, o milho, o feijão e as culturas forrageiras, e das culturas permanentes destacam-se a vinha a oliveira e em menor grau a poli cultura. Diz-se que em qualquer frincha de uma rocha cabe um pinhão como semente ou abrem um caminho as raízes de uma videira, no entanto as vidas e actividades dos seus habitantes sempre estiveram muito ligadas com a serra e a pastorícia.


1.3) Historial da Freguesia


Já a historia que deu nome a esta freguesia, há quem suponha que o seu topónimo provenha do nome de Inês Pereira, uma lendária mulher, que em tempos construiu a 'Casa do Rio' (fig.4), edifício em ruínas e acastelado, considerada pelo povo como 'casa mãe', na qual todos os dias era dada uma sopa e dormida a quem mais precisasse e ali recorresse.

Além de Inês Pereira, esta freguesia foi povoada por várias personalidades, que ali deixaram marcas que hoje fazem dela um lugar a visitar.

Fundada por famílias nobres, Nespereira recorda ainda hoje, nomes de famílias como, 'Os Melos Freires”, os “Portugais” e os “Osórios', destacando-se desta última Jerónimo Osório que embora fizesse parte da realeza, os seus ideais liberais levaram-no a repartir com o povo algumas 'querelas' de terra para seu sustento. Por alturas das Inquirições de D. Afonso III porem, consta que Nespereira foi povoada par Diogo Martinho, que dela deixou a quarta parte à Ordem do Hospital, que construiu nove casais. O nome de Nespereira já aparece em documentos do começo da monarquia. De resto, o lugar já fora habitado em épocas muito remotas pois é relativamente frequente o aparecimento de objectos romanos, em especial peças de cerâmica.



1.4) Património Histórico


Na actualidade esta freguesia tem para oferecer aos seus visitantes e não só diversos e variados monumentos e serviços, o caso da ponte Romana “ Ponte do Chourido” atravessada por uma calçada Romana, Fonte do Pipo (fig.5), Fonte do Lameiro (fig.6), Casas do Rio, Casa do Povo, Capela de S. Domingos (fig.7), Capela de S. Plágio (fig.8), Capela da Sr.ª da Encarnação (fig.9), Capela dos Sr. Dos Aflitos (fig.10), Igreja Matriz (fig.11), Capela de S. António (fig.12), Quinta do Paço, Cadeiral Romano, As Lagaretas, e a assim como o solar da já referida família Osório e Solar da Família Albuquerque.


1.5) Recursos existentes na freguesia


Existe ainda associações que dinamizam a Aldeia como a Associação Recreativa e Desportiva de Nespereira, a Associação dos Amigos de Nespereira, Confraria “ Os Melros”, o Rancho Folclórico da Casa do Povo De Nespereira e seu Museu e o Orfeão da Associação amigos de Nespereira. O comércio também tem o seu peso na freguesia que conta actualmente com 3 Minimercados, 3 Cafés Snack Bar, 2 Restaurantes, 1 loja de Desporto, 1 Farmácia, 2 talhos, 1 salão de Cabeleireira, 2 Oficinas de Mecânica e bate-chapas e ainda 2 carpintarias e 2 casas de turismo habitação rural.

A freguesia esta ainda equipada com um Jardim de Infância, uma escola do Ensino Básico, um A.T.L e lar. A junta de Freguesia disponibiliza os serviços de correios e pagamentos de facturas assim como o acesso a internet e ainda um gabinete de apoio a população.


1.6) Festas e Romarias


Nespereira tem como tradição as festas e romarias de Nossa Sr.ª de Fátima, S. António, Sr. Dos Aflitos, no qual se festeja o dia de todos os Nespereirenses, realizam-se ainda os convívios do 1º de Maio, dos Bons Amigos, Dos Zé’s e dos Antónios, assim como a rota das adegas e a volta ao rio, festival Internacional/nacional de folclore, e recentemente os festejos em Honra de S.Domingos.


1.6) As Lendas


LENDA DO PENEDO REBOLUDO


Diz a lenda que uma costureira trabalhava todos os dias da semana e mesmo ao domingo e dizia para si aqui ninguém me vê e ninguém sabe que transgrido a lei do senhor. Para seu castigo ficou ali dentro sem conseguir sair e ficando onde todos a vissem e ouvissem, assim quando iam para o campo e trabalhavam pelo penedo, os mais velhos conhecedores da lenda convidavam os novatos a ouvir a costureira encostando o ouvido ao penedo vai dai o mais velho empurrava-o contra o penedo ao mesmo tempo que perguntava-lhe ouviste a costureira? A resposta era afirmativa para não repetir muitos ate diziam que estava a cozer que se ouvia a máquina.


A lenda da Quinta


A Quinta do Paço, conhecida pelos seus incomparáveis vinhos, terá sido palco de uma das mais curiosas históricas de Nespereira, e quem sabe, de todo o concelho. Os mais velhos contam, ainda, que durante os «descobrimentos joaninos», ou melhor, as descobertas marítimas efectuadas sob a orientação do monarca D. João II, onde se inclui o Norte de África, o rei terá visitado esta herdade, presenciando e tomando parte do episódio que a seguir se relata.

O monarca, cheio de sede, pediu a Pedro Soares de Melo, um dos patriarcas da Família Melos Freires ou Melos dos Púcaros, descendentes dos senhores de Melo, que lhe levasse um púcaro com água. O fidalgo acedeu prontamente ao pedido do rei, mas trémulo da idade ou, talvez, comovido por tão grande honra, deixou cair o objecto que trazia nas mãos.

Os fidalgos que assistiam á cena não conseguiram conter o riso, não demonstrando para com o velho senhor nenhuma consideração. Entretanto, D. João II, o “Príncipe Perfeito”, exibindo o olhar duro que lhe era próprio, e ao ver a injustiça que ali se estava a cometer, interveio prontamente, dizendo:

“Deixou escapar o púcaro mas nunca lhe caiu da mão a gloriosa espada nas guerras de África”.


1.7) Tradições e cantigas


Aparentemente pobres, as gentes de Nespereira foram sempre ricas nas suas tradições ou, quanto mais não fosse, na vivência e na forma como encaram a vida, com muita alegria e boa disposição. Maioritariamente trabalhadores agrícolas, uma vez que tem sido esta a actividade que aqui predomina, bastante notório nos trajes por eles utilizados, foram fielmente retratados pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira.

Assim, os membros do rancho, trajados como os pastores, a queijeira, o homem e a mulher de rega, a ceifeira, o malhador, o moleiro, a padeira, o carpinteiro, a lavadeira, os noivos, os romeiros, representam algumas das figuras que fizeram a história desta freguesia. Estes fatos, nomeadamente os trajes domingueiros, foram cedidos por algumas das pessoas mais idosas de Nespereira.

Também algumas das musicas, actualmente cantadas por este grupo, foram recolhidas junto dos mais velhos, destacando-se, entre outras, o “Fado Mandado Serrano”, “Vamos seguindo ao Norte”, “Ai, ai, linda Margarida”, “Ó Rosita”, “Eu estava a lavar, lavava”, “Ó padeirinha”, “Adeus ó Laurinda”, “Ó Retiro”, “Ó Rica prima”, “Deita Manuel”, “Um só é pouco”, “Choro tenho pena”, “Pedrinhas desta calçada”, “Rouba Cavalheiro”, “Ó que lindo olhar”, “Debaixo da oliveira”, “Loureiro ramalhudo”, “Olha vento que lá vem da serra”, “Coradinha”, “O loureiro é pau verde”, “Bate, bate padeirinha”, “Chora a videira”, “Olá esteja quieto” e “Encadeia”.

Uma grande parte destes cantares é um tributo às mulheres e aos trabalhos por ela executados, sendo estes acompanhados por danças de roda. Através das performances do rancho reavivam-se, igualmente, danças e cantares de antanho, assim como o hábito de, nos dias de festas, as raparigas e rapazes dançarem ao som da música e dos próprios sentimentos.


1.8) Jogos de rua


Sem dinheiro para comprar brinquedos, a situação económica assim o impunha, a população foi adaptando os seus tempos, e os materiais de que parcamente dispunha, para dar forma aos doces devaneios das suas mentes. E assim, os tempos de ócio foram dando lugar a risada e a vários jogos distribuídos pelas várias estações do ano e por diversos espaços ou eventos. A célebre Corridas dos Cantares, disso exemplo, ocorre todos os anos durante as Festas do Senhor dos Aflitos. Mas, convém também não esquecer:


Ø Jogo da Malha

Ø Jogo do Pião

Ø Jogo do Fito

Ø Jogo da Pela


1.9) Gastronomia


ü Borrego

ü Arroz Doce

ü Queijo da Serra


1.10) Artesanato


Se é verdade que na vida nada se perde tudo se transforma, em Artesanato tudo se converte em peças de arte. Jaime Duarte, 65 anos, molda a madeira de modo a alterar a sua forma rude em carros de bois, numa queijeira ou em vários instrumentos agrícolas, uma inspiração que lhe vem dos tempos em que trabalhou como lavrador.



Nespereira Terra Hospitaleira e de Tradições.

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